Forças Armadas da Guiné-Bissau em "Prontidão Combativa Completa" para Evitar Perturbações Durante Manifestações

Chefe do Estado-Maior General, Biague Na Ntan, alerta oposição e eleva nível de prontidão das Forças Armadas diante de manifestações planejadas, prometendo resposta a qualquer tentativa de desestabilização no país. Diante dos recentes apelos para manifestações organizadas por coligações de oposição, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, General Biague Na Ntan, declarou em conferência de imprensa que o exército guineense está em "prontidão combativa completa". O anúncio ocorreu durante o evento comemorativo dos 60 anos das Forças Armadas guineenses, e foi motivado por preocupações com a possibilidade de perturbações durante as manifestações programadas para os dias 14, 15 e 16 de novembro.
A medida ocorre após declarações da oposição, representada pelas coligações API (Aliança Patriótica Inclusiva) e PAI – Terra Ranka, que planejam protestos para denunciar o que consideram ser a falta de democracia e abuso de poder do Supremo Tribunal de Justiça e do Presidente da República. O ex-primeiro-ministro Baciro Djá, membro da API, declarou que se uma nova data para as eleições legislativas não for marcada nas próximas 72 horas, “não haverá 16 de novembro para ninguém.
Biague Na Ntan alertou que as Forças Armadas estão prontas para "cumprir qualquer missão ou responder a qualquer ameaça" durante esse período, reforçando que o exército não tolerará "nenhuma perturbação" no país. O general também expressou cansaço diante de conflitos recorrentes, afirmando que deseja a paz e estabilidade para a Guiné-Bissau. "A água derramada não se pode apanhar, mas pode-se fechar a torneira onde ela sai para que não saia nunca mais", declarou, enfatizando a necessidade de medidas rigorosas para preservar a ordem pública .
A situação política na Guiné-Bissau está especialmente tensa devido ao recente adiamento das eleições legislativas, inicialmente previstas para o dia 24 de novembro. O adiamento foi justificado pela falta de condições técnicas e financeiras, decisão que foi endossada por decreto presidencial. Em resposta, as coligações de oposição acusam o governo de manobras políticas para inviabilizar a participação dos opositores no processo eleitoral. As autoridades guineenses também estão preparando a celebração do Dia das Forças Armadas e o 51º aniversário da independência da Guiné-Bissau, com a presença esperada de dignitários internacionais. As Forças Armadas estarão em patrulha ativa nas ruas do país a partir de 11 de novembro, em um esforço para garantir que o evento e o contexto político ocorram sem distúrbios.
Por: Jorge Dafa
Imagens: Suncar Injai

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