Umaro Sissoco Embaló declara que o Primeiro-Ministro reconduzido deve-lhe exclusivamente obediência, anunciando um governo de sua responsabilidade e desvinculado de partidos políticos.
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, emitiu uma declaração enfática afirmando sua autoridade exclusiva sobre o governo recém-reconduzido. Em uma reivindicação direta de poder, Embaló proclamou que o Primeiro-Ministro, Geraldo Martins, deverá prestar contas apenas a ele, desconsiderando qualquer obrigação com o parlamento dissolvido.
"Este governo é meu. O parlamento está dissolvido, escolhi o Geraldo porque é minha responsabilidade", afirmou o presidente. Sissoco Embaló anunciou seus planos de orientar o Primeiro-Ministro na formação de um novo governo, enfatizando que não há margem para ambiguidades.
"É a mim que ele vai prestar contas e mais ninguém, não há dúvida sobre a prestação de contas. É meu primeiro-ministro e brevemente vou orientá-lo sobre a formação do novo governo, do novo elenco. Quero dizer-vos que não há equívocos", acrescentou o presidente.
Desafiando a influência dos principais partidos políticos do país, PAIGC, MADEM e PRS, Embaló destacou que o governo em formação não estará alinhado a nenhum deles. Ele reiterou que a Constituição da República respalda um governo de iniciativa presidencial, sublinhando que o Primeiro-Ministro deve obediência exclusivamente ao chefe de estado.
"Este não é o governo de PAIGC, MADEM ou PRS, é um governo de iniciativa presidencial como está na Constituição da República. Ele deve obediência só ao chefe de estado e a mais ninguém. Quero dizer-vos que a Guiné-Bissau não pode parar", afirmou o presidente, evidenciando sua determinação em consolidar seu domínio sobre o governo e a direção do país.
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