Coletivo de 540 profissionais denuncia atrasos de salários, dificuldades financeiras e abandono pelo governo. Greve terá impacto total nos serviços públicos de saúde até domingo 10 de Novembro.
Na manhã desta segunda-feira, um coletivo de 540 técnicos de saúde contratados pela rede pública da Guiné-Bissau realizou uma conferência de imprensa para exigir o pagamento de dez meses de salários atrasados. Romísio José Bernardo, porta-voz dos profissionais de saúde, denunciou a situação crítica que enfrentam, relatando que, apesar de diversas tentativas de diálogo e mediação junto ao Ministério da Saúde e à Presidência da República, os esforços não resultaram em nenhuma solução prática.
Bernardo ressaltou o impacto que essa situação tem na vida dos técnicos de saúde, mencionando que muitos estão sem condições de pagar aluguel, enquanto outros vivem dependentes do suporte financeiro de familiares. "Até o momento, não recebemos um único centavo pelo trabalho prestado," afirmou o porta-voz, destacando que alguns profissionais, localizados em regiões mais afastadas, enfrentam ainda maiores dificuldades.
Diante da falta de respostas, o coletivo decidiu iniciar uma segunda fase de greve, com paralisação total dos serviços de saúde pública, que começou nesta segunda-feira e se estenderá até o próximo domingo. A greve deve afetar todos os postos de atendimento da saúde pública, gerando preocupações sobre a assistência médica à população.
Além de exigir o pagamento imediato dos salários atrasados, Bernardo apelou à Liga dos Direitos Humanos para que intervenha no caso, denunciando que os direitos fundamentais dos técnicos de saúde estão sendo violados. "Estamos exaustos de lutar sozinhos. Precisamos de apoio para garantir que nossos direitos sejam respeitados", declarou ele.
Por:Jorge Dafa
Técnicos de Saúde Contratados Iniciam Greve e Exigem Pagamento de 10 Meses de Salários Atrasados
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