Líder do MSD relata ameaças do Presidente e defende papel político para o povo

Líder do Movimento Social Democrático expõe intimidações, rejeita convites de alianças duvidosas e critica ações do presidente da República durante abordagem à crise política
Na sede do Movimento Social Democrático (MSD) nesta manhã, de Quinta-feira 14 de Dezembro de 2023, a Presidente Joana Cobdé Nhanca liderou uma conferência de imprensa contundente, destacando a turbulenta situação política do país e compartilhando informações impactantes sobre ameaças recebidas e a postura de seu partido diante dos recentes eventos. Durante a conferência, Nhanca revelou ter sido alvo de ameaças pelo presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, após ter feito declarações na última conferência de imprensa em 7 de dezembro, onde não viu indícios que classificassem os eventos de 1º de dezembro como um golpe de estado. A líder do MSD alegou ter recebido intimidações por telefone, pressionando-a a abandonar a política. Em resposta, Nhanca afirmou que a criação do seu partido visa enfrentar as dificuldades enfrentadas pela população e que não se afastará da política, deixando sua vida nas mãos do presidente. Ademais, a líder do MSD enfatizou o compromisso do partido em ser uma oposição clara e comprometida com o bem-estar do povo, recusando-se a ser influenciada por interesses financeiros. Nhanca mencionou um convite recebido do presidente do partido CNA, Obama, para se unir a um grupo de partidos em busca do poder, porém rejeitou a aliança devido a divergências éticas e condutas incompatíveis. Referindo-se a um recado do presidente do PTG BOTCHÉ CANDÉ, que a instou a parar de criticar o presidente da República, Nhanca apelou aos militares para se afastarem da política e permitirem que ela seja conduzida adequadamente. Ela também acusou o presidente de violar a Constituição ao impedir a entrada dos deputados na Assembleia Nacional Popular e criticou o Partido da Renovação Social, afirmando que o legado de Kumba Yala não será esquecido. Nhanca questionou a ausência das forças de defesa e segurança durante eventos cruciais, como alegações de queda do governo durante sessões parlamentares e o ataque ao Supremo Tribunal de Justiça. Expressando consternação com a situação no país, ela salientou que tal desrespeito à lei constitucional enfraquece o Estado e a comunidade internacional.
Por fim, a presidente do MSD reiterou que não há indícios que vinculem os eventos de 1º de dezembro a um golpe de estado, denunciando tais alegações como uma tentativa de difamação. Ela criticou a dissolução do Parlamento, reforçando que não possui correlação com os acontecimentos de dezembro e condenou veementemente o impedimento dos deputados de ingressarem no parlamento, resultando em confrontos com manifestantes Por :Jorge Dafa Jornalbetegb

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