Domingos Simões Pereira acusa retirada de segurança como tentativa de ameaça e responsabiliza o Presidente da República pela sua proteção
O Presidente do Parlamento dissolvido, Eng. Doutor Domingos Simões Pereira, em conjunto com partidos aliados da aliança Inclusiva PAI TERRA RANKA, convocou uma conferência de imprensa em sua residência nesta tarde para relatar uma grave situação que afeta diretamente sua integridade física e a de sua família.
Em uma exposição detalhada durante a conferência, Domingos Simões Pereira fez uma denúncia preocupante sobre a ameaça à sua segurança, ressaltando um evento ocorrido em 1 de dezembro. Após o regresso do presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, foi ordenada a retirada das forças de segurança ECOMIB que garantiam a proteção do presidente da Assembleia Nacional Popular, Eng. Domingos Simões Pereira, em sua residência.
Segundo Simões Pereira, em conversas com chefes da segurança ECOMIB, ficou claro que a ordem direta para a retirada das seguranças partiu do presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló. Vale ressaltar que foi o próprio presidente quem havia designado essas seguranças para a residência de Simões Pereira, enfatizando a necessidade de garantir a segurança do mesmo, especialmente para manter a estabilidade política no país naquela época.
No entanto, a denúncia vai além da simples retirada. Simões Pereira informou que as seguranças que o acompanhavam desde 2014 receberam recentemente ordens de retorno às suas respectivas unidades, indicando uma ação deliberada e direta por parte do presidente da República. Ele responsabiliza o presidente Umaro Sissoco Embaló por qualquer eventualidade que possa afetar sua integridade física ou de sua família.
Perante esta situação, Simões Pereira reiterou sua decisão de não abandonar sua residência, assumindo a responsabilidade ao presidente da República por qualquer incidente contra sua pessoa ou sua família. Além disso, como presidente da ANP, ele ressaltou a falta de acesso para si, deputados e funcionários da instituição, questionando se o presidente da República pretende dissolver ou prejudicar o funcionamento da instituição.
Simões Pereira esclareceu sobre Geraldo João Martins, afirmando que ele continua a exercer suas funções como primeiro-ministro e mantém comunicação constante com a coligação, servindo como ponte para a continuação do diálogo no país.
Quanto à posição da coligação diante dessa situação, Simões Pereira enfatizou a necessidade de restabelecer o governo do PAI TERRA RANKA, liderado por Geraldo Martins, conforme os resultados das últimas eleições legislativas de 4 de junho, reafirmando Martins como o nome indicado para liderar o governo.
Além disso, Simões Pereira fez denúncias sobre as frequentes reuniões do presidente da República com supostos magistrados encarregados de investigar os acontecimentos de 1 de dezembro, que foram qualificados como tentativa de golpe de Estado. Ele desafiou qualquer cidadão a apresentar provas ou informações para esclarecer o ocorrido nesse dia.
Concluindo, Simões Pereira fez um apelo à comunidade internacional e à CEDEAO para ajudar o país a restabelecer a estabilidade política e o funcionamento adequado das instituições. Ele também exortou as Forças Armadas a agirem em conformidade com a defesa da soberania e o respeito pela lei, em detrimento da vontade individual ou de grupos.
Como líder da coligação, Domingos Simões Pereira conclamou o povo da Guiné-Bissau a continuar lutando pelos direitos e liberdades conquistados, mantendo-se firme na defesa desses valores fundamentais.
Por :Jorge Dafa
Jornalibetegb
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